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Diarreia ou disenteria? Essa fruta do Oriente Médio ajuda tratar e aliviar os sintomas

Mulher com dor de barriga
Mulher com dor de barriga/freepik/diana.grytsku

O chá de romã, feito a partir das cascas da fruta, tem sido utilizado há séculos em diversas culturas devido às suas propriedades medicinais. Rico em compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, este chá é reconhecido por suas ações benéficas no trato gastrointestinal, especialmente para aliviar os sintomas da diarreia e disenteria. Agora, neste texto rápido, você vai entender como o chá de romã pode ser um aliado natural na saúde digestiva, suas propriedades terapêuticas e como prepará-lo corretamente.

Mas o que é romã?

Romã cortada
romã cortada/créditos/pixabay

A romã (Punica granatum) é uma fruta originária do Oriente Médio e do Mediterrâneo, conhecida por seu sabor agridoce e por ser uma rica fonte de nutrientes. A fruta contém uma grande quantidade de vitamina C, antioxidantes poderosos, como os flavonoides, e compostos bioativos, como taninos, que desempenham um papel importante no combate a inflamações e infecções.

Embora as sementes da romã sejam frequentemente consumidas frescas ou na forma de sucos, as cascas também têm um valor medicinal significativo. São elas que concentram uma grande quantidade de taninos, responsáveis pelas propriedades adstringentes, que ajudam a tratar distúrbios gastrointestinais como diarreia e disenteria.

O chá de romã serve mesmo para diarreia e disenteria?

O chá de romã, preparado principalmente a partir da casca da fruta, é amplamente utilizado na medicina popular para o alívio de problemas digestivos. Seus principais usos incluem:

Tratamento da diarreia:

Devido à sua ação adstringente, o chá de romã ajuda a reduzir a quantidade de líquidos no intestino, controlando o fluxo intestinal excessivo e reduzindo a diarreia.

Combate à disenteria:

A disenteria é uma forma grave de diarreia com presença de sangue, geralmente causada por infecções bacterianas ou parasitárias. Os compostos anti-inflamatórios e antimicrobianos da casca de romã ajudam a combater as bactérias e a inflamação no trato intestinal.

Ação antioxidante e anti-inflamatória:

O chá de romã contém antioxidantes que ajudam a proteger as células do corpo contra o estresse oxidativo e a inflamação, fortalecendo o sistema imunológico e promovendo a recuperação mais rápida de infecções.

Como o chá de romã ajuda nos sintomas da diarreia e disenteria?

A principal razão pela qual o chá de romã é eficaz no tratamento da diarreia e disenteria está em seus taninos. Esses compostos adstringentes agem sobre a mucosa intestinal, reduzindo a secreção excessiva de líquidos e, consequentemente, controlando o fluxo intestinal. Isso contribui para a redução da diarreia, ajudando o organismo a reter mais líquidos e prevenir a desidratação, que é uma das maiores preocupações em casos de diarreia prolongada.

Além disso, as propriedades antimicrobianas do chá ajudam a combater os patógenos que podem causar a disenteria. Estudos mostram que os extratos de romã têm efeito sobre várias bactérias e parasitas, como Escherichia coli e Shigella, agentes comuns da disenteria bacteriana.

Onde encontrar cascas de romã para fazer o chá?

Embora a romã seja uma fruta amplamente disponível em supermercados e feiras, especialmente nas épocas de outono e inverno, a casca da romã pode não ser tão fácil de encontrar para quem não tem o hábito de consumi-la. A boa notícia é que você pode facilmente preparar as cascas em casa.

Ao comprar romãs frescas, basta retirar as sementes para o consumo e, em seguida, lavar e secar as cascas. Você pode armazená-las em um local seco para fazer o chá quando necessário. Alternativamente, também é possível encontrar cascas de romã desidratadas em lojas de produtos naturais.

Como preparar o chá?

Para preparar o chá de romã e garantir suas propriedades terapêuticas, siga este simples passo a passo:

Ingredientes:

  • Cascas de uma romã
  • 500 ml de água

Modo de preparo:

  1. Lave bem a casca da romã para remover impurezas.
  2. Corte a casca em pequenos pedaços.
  3. Ferva 500 ml de água em uma panela.
  4. Adicione as cascas de romã à água fervente e deixe ferver por cerca de 10 minutos.
  5. Após o tempo de fervura, desligue o fogo, tampe a panela e deixe em infusão por mais 10 minutos.
  6. Coe o chá e consuma ainda morno.

Informações importantes: Recomenda-se beber uma ou duas xícaras de chá de romã por dia para aliviar os sintomas da diarreia ou disenteria. No entanto, é importante lembrar que, se os sintomas persistirem por mais de 48 horas ou se agravarem, deve-se buscar orientação médica.

Cuidados e precauções ao consumir o chá de romã

Apesar do chá de romã ser uma alternativa natural para o alívio de problemas gastrointestinais, é fundamental consumir a bebida com moderação. O excesso de taninos, presentes na casca da romã, pode causar efeitos adversos, como constipação ou desconforto abdominal, especialmente se consumido em grandes quantidades por longos períodos.

Além disso, pessoas que fazem uso de medicamentos anticoagulantes devem ter cautela ao consumir chá de romã, pois a fruta pode interferir na coagulação do sangue. Da mesma forma, mulheres grávidas ou lactantes devem consultar um médico antes de incluir o chá de romã em sua rotina.

O chá também não substitui tratamentos médicos convencionais, especialmente em casos graves de disenteria ou diarreia persistente. Sempre é importante procurar orientação de um profissional de saúde quando os sintomas são severos ou prolongados.

Caso os sintomas da diarreia e disenteria persistam, o que fazer?

Caso os sintomas de diarreia ou disenteria persistam por mais de dois dias ou venham acompanhados de febre alta, dor intensa, sangue nas fezes ou sinais de desidratação, é essencial buscar atendimento médico imediato. A diarreia e a disenteria podem ser causadas por diversas condições, desde infecções bacterianas e virais até doenças inflamatórias intestinais, que podem exigir tratamentos específicos, como antibióticos ou outros medicamentos.

O chá de romã pode ser uma solução temporária e complementar, mas nunca deve substituir um diagnóstico médico e tratamento adequado, especialmente em casos mais graves.

 

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